Ufa! Parece que chegamos ao fim de mais um
ano que para muitos não foi só apenas mais um ano, mas, “o ano”. Ano de adversidades,
principalmente na política com o impeachment da então presidente Dilma Rousseff
e o esfacelamento de seu partido, o Partido dos Trabalhadores (PT),
protagonista de um dos maiores escândalos de corrupção da história; e na
economia que acabou por gerar dezenas de outras instabilidades como aumento do desemprego,
fechamento de pequenas e médias empresas, recessão, atrasos no pagamento do
funcionalismo público em alguns estados e municípios, corte de verbas em áreas
vitais como saúde e educação, trazendo um verdadeiro caos nunca visto antes na
história deste país, superando até mesmo a estagnação de 1930, segundo alguns economistas
renomados. Foi um ano em que mais uma vez um juiz federal tornou-se destaque
pelo seu combate incansável contra um sistema institucionalizado de corrupção
que desviou mais de três trilhões de reais dos cofres públicos, segundo Sérgio Moro.
Ano em que a chamada “casa do povo”, a Câmara dos Deputados, transformou na
calada da noite as dez medidas anticorrupção apresentada pelos procuradores do
Ministério Público Federal com o aval de mais de dois milhões de assinaturas em
outro projeto de lei antagônico com a finalidade de proteger os deputados da Operação
Lava Jato e, assim, ficarem impunes.
Nestas horas todos somos tentados a procurar
culpados e a tendência é sempre colocar a culpa em outrem, mas, todos nós temos
a nossa parcela de culpa, pois quem elege os governantes é o próprio povo. O fator preponderante para a instalação do
colapso é quando o homem se afasta de Deus e ignora os seus ensinamentos e
conselhos; quando fica distante dEle está propício a agir como a pior das
criaturas, tornando-se egoísta, insensível, promiscuo, adúltero, imoral,
violento, mentiroso, avarento, hipócrita e suscetível a todo o tipo de
corrupção. E quando falo estas coisas não me refiro necessariamente à religião,
mas a um relacionamento sincero com Deus, que é o único ser que pode forjar o caráter
humano, pois Ele nos deu o dom do discernimento para compreendermos o que é
certo ou errado, independente das leis humanas estabelecidas ou a influência
religiosa que tenhamos recebido.
Olhando por outro prisma, nem tudo que parece
ruim aos olhos de todos é de fato algo funesto. Todas as grandes civilizações
precisaram passar pelo caos para crescer, evoluir, amadurecer, sair do
conformismo, como por exemplo, o Japão depois de ter recebido um ataque nuclear
que devastou o seu solo, conseguiu se superar e se tornou uma das maiores
civilizações do mundo moderno e não somente no quesito economia. Outro exemplo
de superação é a nação de Israel que perdeu tudo, inclusive o seu território,
peregrinou, sofreu o holocausto, mas, conseguiram retornar e reconquistar o seu
direito de Estado e hoje são respeitados por todos.
O brasileiro é muito bem visto pelo mundo
pela sua alegria e carisma e realmente somos assim, não obstante, nos falta
senso de responsabilidade; raciocínio inteligente, inflexível e abrangente;
olhar visionário, pois ficamos focados o tempo todo no entretenimento fútil,
como futebol, carnaval, telenovelas, etc., e não atentamos para o que está
acontecendo a nossa volta, assuntos de extrema importância que poderão mudar definitivamente
o nosso futuro para melhor ou pior. Acredito que realmente precisávamos passar
por uma situação como esta para acordarmos para a vida e começarmos a correr
atrás do prejuízo. Nós precisamos compreender que Deus não aprova o chamado
“jeitinho brasileiro de ser”, ou seja, querer levar vantagem em tudo, isto está
entranhado em nossa cultura tupiniquim. Precisamos urgentemente nos voltar para
Ele e permitirmos que nos sare deste aterrorizante mal. Precisamos ir além da
religião, pois para muitos brasileiros nem mesmo ela foi capaz de mudar o seu
caráter.
Volto a mencionar a nação de Israel que viveu
na sua história períodos de altos e baixos. Toda vez que eles se afastavam de
Deus, eram vencidos pelos inimigos, escravizados, e, em meio às vicissitudes,
se lembravam dEle; se arrependiam e se voltavam para Ele que sempre os perdoava
e mudava novamente as suas sortes. Se quisermos experimentar dias melhores nos
próximos anos, precisamos aprender com as experiências vividas inúmeras vezes
por Israel.
O que esperar do novo ano que se aproxima? As
perspectivas humanas não são nada agradáveis, mas eu tenho uma palavra de
conforto para o seu coração. Existe um meio de vencermos todos os obstáculos e
toda a visão pessimista do futuro. Sabe qual é? Estar debaixo da nuvem, isto
mesmo, debaixo da nuvem! Deixa-me explicar melhor.
Em certo período da história a nação de
Israel estava caminhando direção a uma terra prometida por Deus, mas precisavam
atravessar o deserto; foram cerca de quarenta anos peregrinando neste local.
Todos sabem as características de um deserto, escassez de tudo, altíssimas
temperaturas durante o dia e frio intenso durante a noite. Eles sobreviveram
todo este tempo porque estavam o tempo todo debaixo da nuvem, que
significava a presença de Deus no meio deles. Durante a noite a nuvem era como
um aquecedor que os protegia do frio congelante e durante o dia esta mesma
nuvem os protegia de igual forma funcionando como um enorme aparelho de ar
condicionado, os protegendo do sol intenso e do forte calor. A nuvem também
servia para dar direção, pois eles eram guiados por ela, e, ainda, estar debaixo
da nuvem também significava provisão, quer dizer, todas as suas
necessidades básicas eram supridas. Sair da nuvem significava padecer até a
morte, mas permanecer debaixo dela significava vencer todos os obstáculos, intempéries
e, mais, a certeza de chegar ao objetivo, que para eles era Canaã, uma terra extremamente
fértil.
Destarte, se queremos vencer os desafios que
estão por vir, precisamos, assim como Israel, estar o tempo todo debaixo
da nuvem, desta forma seremos moldados em nosso caráter; estaremos protegidos,
guardados, intocáveis, vivendo bem até mesmo nos piores desertos da vida até a chegada
à nossa terra prometida, os céus. Esta nuvem para os judeus se chamava Yahweh,
para nós cristãos, a chamamos de Jesus Cristo de Nazaré.
Um Feliz 2017 para todos os nossos amigos!!!
Juvenal, Nilcéia, Débora e Esther.
Excelente! Estamos realmente muito distantes de Deus e de seus desígnios. Assim, também, a "Nuvem" estará distante de nós. Feliz Ano Novo extensivamente à nobre família.
ResponderExcluirFeliz Ano Novo, que Deus abençoe o senhor e toda a família, em especial cuidando do seu filho e o protegendo.
ExcluirBela reflexão! Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca se acabe. Devemos nos orientar pelos exemplos daqueles que venceram com dignidade. Esses, certamente, venceram por ter a mão do Eterno estendida sobre eles. Parabéns!
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