Quando alguém decide sair de sua casa para
morar em outro lugar, ele gasta um tempo razoável na arrumação das suas malas,
pois não é uma simples viagem e levar toda a sua bagagem querer muito cuidado e
organização. Durante o percurso, principalmente se o percurso for longo,
algumas paradas serão necessárias para descanso, alimentação, reabastecimento, rever
os itinerários, etc. Ninguém desfaz as suas malas durante estas paradas
transitórias pelo simples fato de serem cansativas e desnecessárias.
A maioria das religiões acredita em uma vida
pós-morte e os cristãos não são diferentes. Eles acreditam que vieram a este
mundo para viver transitoriamente; a vida na terra é uma pequena parada no seu
itinerário; acreditam que uma nova cidade os aguarda, onde fixarão a sua
residência de forma definitiva. Uma cidade maravilhosa, onde não vai haver,
choro, morte, dor, decepções, angústias infernais e toda a espécie de males
como existe aqui. (Apocalipse 21.1-7).
Um fato intrigante tem acontecido
recentemente no meio da igreja neste período chamado pós-moderno. Tem sido
comum ver cristãos vivendo esta parada temporária aqui na terra como se fosse a
sua estadia definitiva. Alguns que agem assim até tem uma justificativa relevante,
pelo menos aos olhos dos homens, não sei se aos olhos do Eterno; não temem a
morte, mas, pedem a Deus o prolongamento de sua vida devido à várias preocupações
com por exemplo, um filho que ainda precisa de cuidados. Entretanto, dentre estes
cristãos que mudam de assunto toda a vez que se menciona a palavra “morte”,
muitos não tem nenhum motivo justificável que os obrigue a desfazer as suas
malas ainda na viagem. Será que a parada transitória está mais agradável,
confortável, prazerosa do que a que a definitiva que o aguarda ou existe ainda
alguma dúvida quanto ao seu futuro e o lugar onde vai morar para sempre?
Parece que um grupo de cristãos primitivos da
igreja de Corinto estava duvidoso quanto à veracidade da morte e a ressurreição
de Cristo, obrigando Paulo a pregar novamente acerca daquilo que outrora já
havia ensinado. O seu raciocínio é lógico, ora se não há ressurreição dentre os
mortos é vã a nossa fé. Para que sofrer por Ele, abrir mão dos prazeres
oferecidos diariamente pelo mundo se não existe a garantia de morar no céu. Ele
faz questão de enfatizar a razão de sua fé e não apenas a dele, mas a de todos
os cristãos, Cristo venceu a morte e todo aquele que nele crer também vencerá! (I
Coríntios 15)
Em outro momento o mesmo Paulo afirma que
para ele seria incomparavelmente melhor partir já e estar com Cristo do que permanecer
neste mundo. O que o segura aqui é a sua missão a cumprir, pois, tinha
consciência de que Deus o chamara não apenas para salvá-lo, mas, para que
pregasse a outras pessoas e, assim, também poderem ser salvas. Ele faz uma
declaração marcante e impactante: “Porque para mim o viver é Cristo e o morrer
é lucro”. (Filipenses 1.21)
Dessarte, não desfaça as suas malas, pois
você está apenas no meio do caminho em uma parada transitória e a única razão
para você estar aqui ainda é pelo fato de ter uma missão a ser cumprida, missão
esta que não é enfincar estacas como se fosse morar definitivamente, mas, de
anunciar aos demais viajantes quanto à direção a ser seguida para que não errem
o caminho. Desfazer as malas é totalmente desnecessário!
Soli Deo Glória!!!
Juvenal Mariano de Oliveira Netto
Amém
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