sexta-feira, 19 de agosto de 2016

CUIDADO COM O HEMATÓFAGO PARTIDÁRIO





Vivem escondidos a maior parte do tempo, não gostam muito de trabalho, tem um grande poder de persuasão, procuram ser muito carismáticos e só aparecem de quatro em quatro anos. Você deve estar pensando que o único grupo que se enquadra nestes quesitos são os políticos, não é mesmo? Vou arrazoar que eles não são os únicos.
Durante muito tempo fiquei impressionado com a quantidade de pessoas que compareciam aos comícios e com o número de veículos que acompanhavam os seus candidatos fielmente pelas ruas da cidade fazendo buzinaço e chamando a atenção de todos. Pensava: Como podem gostar de algo tão chato? Ouvir longos discursos hipócritas, com raríssimas exceções? Perderem o seu tempo desta maneira, encarando até chuva e frio? Então, chegava à conclusão de que estas pessoas estavam interessadas em ver o progresso do nosso País/Estado/Município e acabava me sentindo um omisso por não me envolver com a política.
Analisando este comportamento mais a fundo, cheguei à conclusão de que a verdadeira motivação destes cabos eleitorais é outra, pelo menos nas últimas décadas. Eles não são altruístas; não estão interessados no progresso da cidade ou do bairro; não se preocupam com o bem estar do próximo. A única coisa que os motiva é o seu bem estar e da família. São verdadeiros sanguessugas!  Se alimentam de cargos nos mais altos escalões da administração pública e com onerosas portarias, de preferência, sem precisar trabalhar, isso mesmo, são os funcionários fantasmas que estão escondidos em grande parte dos municípios brasileiros.
Quero distinguir este grupo daquele que aproveita este momento para ganhar alguns trocados panfletando, segurando faixas, enfim, fazendo o serviço pesado. Estas pessoas são inocentes, muitas vezes não sabem nada de política e também não estão interessadas, só querem ganhar “um por fora”.
Quero deixar bem claro que não quero generalizar, pois, existem neste grupo pessoas bem intencionadas, que possuem uma ideologia e realmente querem contribuir para o bem da comunidade. É uma pena que normalmente estas exceções passam despercebidas, pois, normalmente são pessoas com poucos recursos financeiros e não conseguem a visibilidade capaz de levarem seus candidatos a vitória. Nós precisamos rever os nossos conceitos. Não nos deixarmos influenciar pelas pesquisas. Elas podem ser compradas. Não ficarmos impressionados com as campanhas de grande vulto, regada a grandes quantias de dinheiro, isto pode indicar que devemos fazer exatamente o contrário, não votar neste candidato. Quem gasta muito pode estar comprometido com o grupo que o financiou e vai ter que recuperar este erário com juros, correção monetária e muita corrupção. Adivinha quem vai pagar o pato? Isto mesmo, eu e você. Impostos altos, hospitais e prontos-socorros em péssimas condições, escolas funcionando precariamente, ruas esburacadas, falta de saneamento básico e muitas outras coisas que trarão muito prejuízo para todos nós. Por isso, fique atento e não negocie o seu voto.
Juvenal M. O. Nettto

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