sábado, 14 de novembro de 2015

DEUS DISSE NÃO, E AGORA?




Vivemos um tempo em que muitas pessoas estão determinando a Deus o que Ele deve ou não fazer, ou quando não chegam a este extremo, agem como crianças mimadas fazendo pirraça querendo por Deus contra a parede. Estas pessoas ao agirem assim demonstram não conhecer a Bíblia e nem a Deus. Ele é o único ser que não fora criado, Ele reina sobre todas as coisas (Salmo 24.1); Ele não precisa, absolutamente, de nós; para Ele a luz e as trevas são a mesma coisa, afirmou Davi no Salmo 139.12. A Bíblia nos ensina que o centro de tudo é Ele, quer dizer que toda a mensagem contida na Bíblia é Teocêntrica e não antropocêntrica (o homem como o centro de tudo).
Temos que ser realistas, nem toda a doença será curada, nem todo o problema será solucionado, nem toda a petição será atendida. É necessário que tenhamos uma visão ampliada dos porquês do sofrimento humano. Às vezes passamos por dificuldades simplesmente pelas nossas más escolhas, colhemos o que semeamos (Gálatas 6.7); outras vezes elas se tornam necessárias para o nosso crescimento espiritual e completa rendição a Ele (Romanos 5.3-4); em alguns casos específicos, para que o nome de Jesus venha a ser glorificado (João 11.4); e ainda, em último lugar porque o sofrimento faz parte da natureza frágil do homem a partir do pecado original (Eclesiastes 9.2).  
 Por outro lado não quero desencorajar as pessoas a buscarem a solução em Deus, a crerem incessantemente no milagre quando estiverem atravessando pelas tempestades da vida, pois a Bíblia nos ensina a todo o momento a sermos perseverantes, insistentes, a não termos vergonha de pedir (Mateus 7. 7-11). O nosso mestre nos ensinou como agir diante dos momentos tenebrosos. Quando Ele estava prestes a ser preso para a crucificação, Ele buscou insistentemente ao Pai a fim de que pudesse resolver o problema da humanidade com menos dor ou de outro modo, mas, por fim, Ele disse a célebre frase: “Meu Pai, se possível, passe de mim este cálice! Todavia, não seja como eu quero e sim como tu queres.” (Mateus 26.39, 42, 44).
A nossa adoração a Deus não pode, em hipótese alguma, estar circunstanciada ao pleno atendimento de tudo o que lhe pedimos diuturnamente. Cada vez que leio o livro do profeta Daniel, fico maravilhado com a atitude de seus três amigos, Hananias, Misael e Azarias. O rei Nabucodonozor construiu uma estátua e baixou um decreto exigindo que todos a adorassem e aquele que se recusasse a fazê-lo, seria lançado na fornalha de fogo. Aqueles três homens de Deus não obedeceram e, sendo convocados à presença do rei, responderam esplendidamente: “Se o nosso Deus a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste.” (Daniel 3.17-18). Eles foram lançados na fornalha, Deus não fez nada para impedir, entretanto, quando o rei olhou para a fornalha aquecida sete vezes mais, se deparou com aqueles homens andando por sobre as brasas. Saíram ilesos da fornalha pois Deus estava com eles o tempo todo e o rei reconheceu quem era o verdadeiro Deus. 
Deus espera que os seus filhos o adorem incondicionalmente; confiem plenamente Nele, em seu caráter e em seu direcionar (2 Timóteo 2.13). Espera que o seu "não" como resposta as nossas petições, quando necessário, seja compreendido como o melhor que Ele tem para as nossas vidas naquele momento, pois todas as coisas cooperam para o bem daqueles que o amam (Romanos 8.28). 

Soli Deo Glória.
Juvenal M. de Oliveira Netto

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