Milhões
de pessoas diariamente recebem sentenças que acabam frustrando os seus sonhos,
lhes roubando a paz e a possibilidade de serem felizes. As sentenças vêm das
mais variadas formas possíveis, é um diagnóstico médico afirmando que a doença
não tem mais cura; uma audiência com o chefe da empresa em que diz não ter mais
como mantê-lo no emprego, mesmo tendo muita experiência na função e já ter
trabalhado por anos afinco naquele local; um terapeuta na área da família que
diz que o seu casamento chegou ao fim; um advogado que lhe afirma: “A sua causa
está perdida”; a própria sociedade que pela sua indiferença e o seu olhar
preconceituoso diz para uma grande multidão de viciados, prostitutas,
homossexuais e outros grupos que estão à sua margem que não há mais jeito;
enfim, alguém que chega e lhe afirma que não há mais solução para o seu
problema.
A
definição da palavra “sentença” fornecida pelos grandes dicionários é bastante
severa, tais como: “1. Julgamento ou decisão final proferida por juiz, tribunal
ou árbitro. 2. parecer, voto. 3. Frase que traz uma resolução inquestionável”. Não obstante, existe uma possibilidade de esta
condenação vir a ser anulada dependendo da postura a ser tomada pelo
sentenciado.
Ezequias,
filho de Acáz, foi considerado um dos maiores reis de Judá e em dado momento de
sua vida ele adoeceu e recebeu uma dura sentença proferida, não por um médico
conceituado, por um juiz ou por um grande Chefe de Estado. A sentença partira
do próprio Deus, através de Isaías, seu profeta, dizendo que ele morreria muito
em breve (2 Reis 20. 1-6). Ezequias teve
todos os motivos do mundo para entrar em depressão, ficar revoltado com tudo e com
todos ou simplesmente desistir de lutar e esperar passivamente a morte chegar,
afinal de contas, quem decretara a sua sentença fora o grande Juiz de todo o
universo.
Ao
receber a trágica notícia de que iria morrer, Ezequias toma a atitude de virar-se
para a parede, podendo significar que ele tinha a consciência de que somente aquele
que o sentenciara, seria capaz de reverter a sua situação. Ele tinha noção de que
nenhum homem na terra seria capaz de resolver o seu problema. Há ainda outro significado
nesta atitude daquele homem, ao voltar-se para a parede ele estava fechando os
seus olhos externos, descartando totalmente os conselhos dos homens, estava
fazendo um autoexame a fim de identificar se havia nele algo que o impedisse de
chegar com ousadia até o trono do Altíssimo. Ezequias confessou e se arrependeu
de todos os seus pecados, agora o caminho estaria totalmente livre para ele
solicitar o cancelamento daquele terrível veredito. Ele chorou muitíssimo, ou
seja, sem reservas, se entregou por inteiro crendo que a sua atitude poderia
mover o coração do Pai. Ele estava certo, a sua postura mexeu com Deus de tal
maneira que, imediatamente Ele dá a ordem ao seu servo Isaías para que voltasse
e dissesse aquele condenado que havia revogado a sua sentença e estava lhe acrescentando
mais quinze anos de vida.
Deste
modo, se você recebeu recentemente uma terrível sentença, não desista de lutar,
não se entregue, faça como Ezequias, feche os seus olhos externos, entenda que
a solução vem do alto. Examine-se a fim de que possas ter audácia em chegar até
Jesus; humilhe-se diante dele, sem reservas, chore se for preciso “muitíssimo”
e, assim, quem sabe Ele também não mudará a sua sorte (Lucas 18. 1-8).
Soli Deo Glória
Juvenal Mariano de Oliveira
Netto
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