quinta-feira, 4 de junho de 2015

UM CONVITE QUASE IRRECUSÁVEL

É assustador o número de pessoas que engrossam todos os dias as fileiras do grupo intitulado como os “Sem Igreja”. Pessoas que tiveram uma experiência com Deus; creram na pregação do evangelho; se filiaram a algum grupo religioso, mas no decorrer da caminhada se decepcionaram e não só se afastaram como também tomaram aversão a tudo que se relaciona a religião.
Não pretendo entrar no mérito da questão, pois acredito que são inúmeros os fatores geradores deste esfriamento, desde a falta de um discipulado autêntico, passando pela falta de um conhecimento mais aprofundado da bíblia, chegando até a falta de uma relação de mais intimidade para com Deus, lógico que tudo orquestrado pelo inimigo de nossas almas, que faz de tudo para minar a fé das pessoas, pois este é o seu trabalho.
Quem é que no transcurso da jornada da vida não recebeu um convite que o considerasse como irrecusável? Poderíamos citar vários exemplos tais como: O convite para o comparecimento a uma cerimônia de um familiar ou grande amigo ou um convite para almoçar gratuitamente num momento em que se esteja com fome e sem recursos financeiros para comprar se quer uma quentinha ou ainda, o convite de um conhecido oferecendo-lhe uma carona até a sua casa, estando você a pé e num local onde não haja a disponibilidade de transporte urbano.
Mas gostaria de compartilhar com você um convite, também quase irrecusável, porém que se sobrepõe a todos os já citados anteriormente e talvez todos os demais já vividos nas diversas experiências da vida humana. O ex-cobrador de impostos chamado Mateus relata acerca do seguinte convite: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mt 11.28). Talvez me questionem o porquê de considera-lo quase irrecusável. Tentarei explicar melhor.
Em primeiro lugar este convite não foi feito por qualquer pessoa, seja ela um político de sucesso, um empresário bem sucedido ou um homem de grande influência na sociedade. Ele foi feito por alguém que tem pleno poder no céu e na terra, alguém que tem condições de oferecer tudo àquilo que os homens necessitam, paz, cura, libertação e salvação, Jesus de Nazaré (Mt 28.18).
Em segundo lugar o convite é direcionado a todos: brancos ou negros; pobres ou ricos; cultos ou indoutos, idosos ou em idade infantil; homens ou mulheres; enfim, de todos os povos, tribos e raças. Isto quer dizer que este convite não está limitado ao tempo ou ao espaço, é para mim hoje e para você também.
Em terceiro lugar, o convite é para todos os que estão cansados, cansados de tanto sofrer; cansados de promessas vazias; cansados de peregrinar atrás de uma resolução para o seu problema; cansados não no corpo apenas, mas na alma, cansaço este que não se recupera com uma noite de sono bem dormida. O convite se estende ainda a outra classe de pessoas, os sobrecarregados. Existe um grande equívoco na compreensão exata da pessoa de Jesus. Muitos o confundem como sendo uma “religião”, ou melhor, dizendo, uma denominação religiosa. Ele está muito acima de qualquer que seja a denominação ou grupo religioso. Jesus faz questão de se colocar numa posição aquém da “religião”. Os religiosos da época lançavam um jugo muito pesado sobre as pessoas através dos seus dogmas. Muitas vezes a história se repete e talvez esta seja uma das causas atuais de tantos “Sem Igreja”. Jesus faz questão de frisar: “O meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11.30).
Portanto não devemos transferir para Jesus a nossa decepção com pessoas, líderes, grupos religiosos, etc. Devemos sim aceitar o seu convite e, como Ele mesmo nos prometeu, encontraremos descanso para as nossas almas (Mt 11.29).  
Soli Deo Glória

Juvenal M. de Oliveira Netto

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