É assustador o número de pessoas que
engrossam todos os dias as fileiras do grupo intitulado como os “Sem Igreja”. Pessoas
que tiveram uma experiência com Deus; creram na pregação do evangelho; se
filiaram a algum grupo religioso, mas no decorrer da caminhada se decepcionaram
e não só se afastaram como também tomaram aversão a tudo que se relaciona a
religião.
Não pretendo entrar no mérito da
questão, pois acredito que são inúmeros os fatores geradores deste esfriamento,
desde a falta de um discipulado autêntico, passando pela falta de um conhecimento
mais aprofundado da bíblia, chegando até a falta de uma relação de mais
intimidade para com Deus, lógico que tudo orquestrado pelo inimigo de nossas
almas, que faz de tudo para minar a fé das pessoas, pois este é o seu trabalho.
Quem é que no transcurso da jornada da
vida não recebeu um convite que o considerasse como irrecusável? Poderíamos
citar vários exemplos tais como: O convite para o comparecimento a uma
cerimônia de um familiar ou grande amigo ou um convite para almoçar
gratuitamente num momento em que se esteja com fome e sem recursos financeiros
para comprar se quer uma quentinha ou ainda, o convite de um conhecido
oferecendo-lhe uma carona até a sua casa, estando você a pé e num local onde não haja
a disponibilidade de transporte urbano.
Mas gostaria de compartilhar com você um
convite, também quase irrecusável, porém que se sobrepõe a todos os já citados
anteriormente e talvez todos os demais já vividos nas diversas experiências da
vida humana. O ex-cobrador de impostos chamado Mateus relata acerca do seguinte
convite: “Vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados, e eu vos
aliviarei" (Mt 11.28). Talvez me questionem o porquê de considera-lo quase
irrecusável. Tentarei explicar melhor.
Em primeiro lugar este convite não foi
feito por qualquer pessoa, seja ela um político de sucesso, um empresário bem
sucedido ou um homem de grande influência na sociedade. Ele foi feito por
alguém que tem pleno poder no céu e na terra, alguém que tem condições de
oferecer tudo àquilo que os homens necessitam, paz, cura, libertação e
salvação, Jesus de Nazaré (Mt 28.18).
Em segundo lugar o convite é direcionado
a todos: brancos ou negros; pobres ou ricos; cultos ou indoutos, idosos ou em
idade infantil; homens ou mulheres; enfim, de todos os povos, tribos e raças.
Isto quer dizer que este convite não está limitado ao tempo ou ao espaço, é
para mim hoje e para você também.
Em terceiro lugar, o convite é para
todos os que estão cansados, cansados de tanto sofrer; cansados de promessas
vazias; cansados de peregrinar atrás de uma resolução para o seu problema; cansados
não no corpo apenas, mas na alma, cansaço este que não se recupera com uma
noite de sono bem dormida. O convite se estende ainda a outra classe de
pessoas, os sobrecarregados. Existe um grande equívoco na compreensão exata da
pessoa de Jesus. Muitos o confundem como sendo uma “religião”, ou melhor,
dizendo, uma denominação religiosa. Ele está muito acima de qualquer que seja a
denominação ou grupo religioso. Jesus faz questão de se colocar numa posição
aquém da “religião”. Os religiosos da época lançavam um jugo muito pesado sobre
as pessoas através dos seus dogmas. Muitas vezes a história se repete e talvez
esta seja uma das causas atuais de tantos “Sem Igreja”. Jesus faz questão de
frisar: “O meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11.30).
Portanto não devemos transferir para
Jesus a nossa decepção com pessoas, líderes, grupos religiosos, etc. Devemos
sim aceitar o seu convite e, como Ele mesmo nos prometeu, encontraremos
descanso para as nossas almas (Mt 11.29).
Soli Deo Glória
Juvenal M. de Oliveira Netto
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